sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A CONSCIÊNCIA HISTÓRICO-CULTURAL DA AMERICA LATINA






A CONSCIÊNCIA HISTÓRICO-CULTURAL DA AMERICA LATINA
Joás de Jesus Ribeiro¹
RESUMO:
 A América Latina vem tentando desenvolver uma identidades que a coloque em destaque no cenário histórico-cultural mundial, a luta está referente as possibilidades de se constituir uma cultura universal entre os latinos, ou seja, um fator comum que caracterize de imediato toda a tradição latina. A problemática cerne se tudo isto é realmente possível, já que entre os latinos há uma grande diversidades de manifestações histórico-cultural. Dussel investiga essa problemática em seus “ensaios sobre a cultura”. A reflexão traz a consciência de sociedades latinas que tem em comum em suas historias o domínio colonial e a submissão a Igreja, principal formadora de ideologias que ate hoje estão presentes e fortes. Neste texto são demonstrados alguns processos ocorridos durante a colonização, além de uma breve análise sobre a questão dos indígenas e a pré-história do continente.
1.INTRODUÇÃO:
A chegada dos europeus no continente trouxe grandes impactos nas culturas e civilizações que se encontravam nos seus processos de construção e desenvolvimento de uma sociedade ainda mais complexa como o acaso dos astecas, maias, esquimós, apaches, incas, tupis, caribes, jês e guaranis. Essas foram as maiores civilizações e culturas já presentes no continente, a influencia e domínio europeu conseguiu em apenas um século desestruturar a ordem estabelecida, muitos desses povos foram obrigados a abandonarem suas cidades sagradas geralmente estabelecidas no interior do continente e foram morar em novas cidades edificadas no litoral o que facilitava a locomoção dos europeus. Além desses fatores outro grande impacto foi decisivo no domínio europeu, a religião cristã, sem esse êxito a América Latina poderia ter tomado outro rumo como aconteceu no leste asiático, a resistência da China e Japão perante os europeus foi marcante ate o final do século XIX.
 Com a destruição das divindades locais não havia mais sentido viver como antes, buscar toda crença nas tradições milenares dos ancestrais, os primeiros povos do continente foram aculturados, restava apenas habitar nas periferias das cidades construídas pelos europeus. Com o passar dos séculos houve a miscigenação, já não se era um indígena puro, um negro ou branco propriamente dito. Diante dessa mistura ficou difícil estabelecer as raízes, sendo este individuo construído por varias raízes e ao mesmo tempo afastado de todas, este é o problema e situação de uma consciência histórico-cultural da America Latina. As indagações: “Qual a historia das nossas raízes?” e “Quem somos como povo?” Fazem parte do cenário em países que constitui a classificação de latinos. De quem são descendentes? Diferente dos hebreus e árabes não se possui uma consciência única no continente.
2. O DOMÍNIO DE INSTRUMENTOS:
A civilização é o sistema de instrumentos criado pelo homem, transmitido e acumulado progressivamente através da história da espécie, da humanidade inteira. O homem primitivo, pensemos por exemplo num Pithecanthropus há meio milhão de anos, possuía já a capacidade de distinguir entre a mera"coisa" (objeto integrante de um meio animal) e um "meio" (já que a transformação de coisa em utilidade é possível apenas por um entendimento universalizante que distingue entre "esta" coisa, "a" coisa em geral e um "projeto" que me permita deformar a coisa em meio para). O homem rodeou-se desde a sua origem de um mundo de "instrumentos" com os quais conviveu e, tendo-os à mão, tornou-os o contexto de seu ser no mundo. O "instrumento" –o meio –escapa da atualidade da coisa e se transforma num algo intemporal, impessoal, abstrato, transmissível e acumulável que pode sistematizar-se segundo projetos variáveis. As chamadas "altas civilizações" são super sistemas instrumentais que o homem conseguiu organizar desde o Neolítico, depois de um milhão de anos de inumeráveis experiências e adições de resultados técnicos.
 No entanto, desde a pedra não-polida do homem primitivo ao satélite, que nos envia fotos da superfície lunar, há apenas diferença quantitativa de tecnificação, mas não uma distinção qualitativa ambas são utilidades que cumprem com um projeto ausente na "coisa” enquanto tal, são elementos de um mundo humano. O sistema de instrumentos que chamamos de "civilização" tem diversos níveis de profundidade (paliers), desde os mais simples e visíveis aos mais complexos e intencionais.
Assim, é já parte da civilização, como a totalidade instrumental "dada à mão do homem", o clima, a vegetação, a topografia. Em segundo lugar, estão as obras propriamente humanas, como estradas, casas, cidades e todas as demais utilidades, incluindo máquinas e ferramentas. Em terceiro lugar, descobrimos as utilidades intencionais que permitem a criação e acumulação sistemática de outros instrumentos exteriores: são as técnicas e as ciências. Todos estes níveis e os elementos que os constituem, como dissemos, não são um caos, mas um cosmos, um sistema mais ou menos perfeito, com maior ou menor complexidade. Dizer que algo possui uma estrutura ou é um sistema é o mesmo que indicar que esse algo possui um sentido.
(DUSSEL, 1997)


Para Dussel, um individuo pode ser civilizado, mas aculturado se possuir uma cultura original diferente daquela encontrada na civilização em que ele está presente, isso é possível porque cultura e civilização são completamente distintas. A civilização está relacionada ao domínio e manipulação de instrumentos, porém isso não significa que se tenha apreendido a cultura do local onde esses instrumentos são utilizados, a cultura está relacionada com suas crenças e historia. Um selvagem africano pode até aprender dirigir um carro, porém aquela cultura lhe é estranha, ele como ser humano possui todas as faculdades mentais para a utilização dos instrumentos mesmo sendo um “cativo” longe da sua cultura. A espécie humana é definida pela capacidade e habilidade com instrumentos, um chimpanzé pode usar um cabo para pegar um cacho de banana, mas ele não guardará para momentos futuros, o ser humano guardará para outra ocasião, logo ele fez do cabo um instrumento. Diferente dos macacos, os hominídeos, espécie de primatas que geraram os humanos, também possuíam as habilidades com instrumentos, prova disto são pedras e ossos encontradas em sítios arqueológicos utilizados na instrumentação, ou seja, determinadas pedras são mais fáceis de lascar ou acender o fogo, assim como ossos de animais que poderiam servir de algo cortante facilitando o consumo da caça abatida. O sinantrothropus pekinensis é um hominídeo devido a sua habilidade com instrumentos, ou seja, a sua ancestralidade com os humanos é observada nessas características, logo o domínio de instrumentos ou sistemas instrumental faz parte da constituição física sendo facilitado para um individuo ser civilizado.
3. A INFLUÊNCIA DO MEIO NA FORMAÇÃO CULTURAL


Às vezes ouvimos dizer que não existe uma cultura latino-americana ou uma cultura nacional. É claro, e isto poderíamos justificar amplamente, que nenhum povo, nenhum grupo de povos pode deixar de ter cultura. Não só que a cultura em geral se exerça nesse povo, mas que esse povo tenha sua cultura. Nenhum grupo humano pode deixar de ter cultura, e nunca pode possuir uma que não seja a sua. O problema é outro. Confundem-se duas questões: este povo tem cultura? Este povo tem uma grande cultura original? Eis aqui a confusão!
(DUSSEL, 1997)


A cultura é algo mais abrangente e íntimo de um individuo, é através dela que ele se reconhece como participante de um tempo e espaço, se for adotada uma concepção fenomenologia. As tradições e crenças se perpetuam nesse individuo e fazem parte de sua extensão no mundo, a sua identidade depende desse fator, para dela o ser humano encontrar-se perdido em um mundo desprovido de razão e sentido. Os mitos, ritos e ethos ainda que esses conceitos não sejam expressos na cultura de um individuo, eles estarão ali manifestados diante a formação cultural, reforçados pela primeira comunidade que se tem contato, a família, que se encarregará de passar todos os valores para os mais novos membros daquela sociedade, a língua e os comportamentos são os principais representantes dessa formação cultural.
A percepção do mundo ou como se relacionar com ele advém dessa formação que está diretamente relacionado com o meio em que vive, isso se manifesta na forma de dizer sobre o mundo, por exemplo, entre os esquimós há várias formas de dizer sobre a neve, que na língua deles não se resume apenas em uma palavra, ou seja, a uma definição para a neve fina e para uma mais espessa, assim como a neve acumulada e com poucas ou muitas camadas, um esquimó identifica isso devido a sua intimidade com a neve, o que para outra cultura apenas a palavra neve sem especificação e o bastante, e há culturas que nem possuem essa palavra porque não é provida de nenhum significado como no caso do tupi, que para expressar essa palavra foi necessário o estrangeirismo ou uma representação equivalente, como uma espécie de cinzas frias que não queimam, mas congelam.
Essa representação de cinzas frias ou neve do estrangeirismo inserido no tupi surgiram durante as evangelizações com uma passagem bíblica de um cântico em salmos, o qual Davi pede ao Deus Javé para que o seu coração fosse mais alvo que a neve. Os indígenas dessa região jamais tinham visto neve como explica-los o que era? Usando a representação de cinzas alvas e frias era possível através daquela cultura inserir o novo conceito, com o passar das gerações já se tinha a ideia de neve mesmo sem nunca ter visto ou tido qualquer contato. Os esquimós não teriam a mínima dificuldade para entender essa passagem, já que o elemento nela presente fazia parte do meio e do seu cotidiano. Ou seja, a cultura deles possuía esse elemento enquanto a dos tupis não tinha essa representação direta que se tornou possível apenas com o passar do tempo. Hoje ainda que uma pessoa nunca tenha contato com lugares onde neva ele possui a idéia adquirida por várias gerações que lhe passaram esse conceito. Com filmes, fotos e ate a geladeira, essas idéias fazem parte da formação cultural do individuo mesmo se tratando de algo fora do meio em que vive. Por isso no natal é possível representar a neve por intermédio de espuma de sabão que mesmo assim ela estará provida de significado de uma estação que nem existe na região. Ela é apenas uns dos símbolos de transformação e adaptação que uma cultura tem ao encontrar-se com outra.
4. A DESCENDÊNCIA LATINA
Talvez o mesmo problema toda a America Latina tenha encontrado, ter uns conceitos que lhes eram estranhos inseridos em suas culturas, por exemplo, a descendência de Abraão e Adão, o Deus cristão, pecado, justiça, bem, mal e outros conceitos nos padrões europeus que não existiam. É evidente que essas culturas tinham seus conceito de justiça, Deus, origem e ethos, e não tinham a ideia de pecado, mas a de punição advinda de outras divindades. O que na cultura européia era pecado nos indígenas não possuía significado nenhum como andar nu. Que segundo as narrativas bíblicas todos os homens possuíam a vergonha de mostrar sua nudez, logo que sociedade era essas que não havia decaído junto com os descendentes de Adão e ainda mantinham a inocência do Jardim do Éden.
Com o “descobrimento” das novas terras esse foi o primeiro impacto que a Igreja teve e que precisou resolver a partir do domínio religioso das evangelizações. A inocência tinha que ser destruída e a culpa e a vergonha implantada e exaltada, já não se podia como filhos do Deus cristão andar nus e inocentes, mas decaídos, culpados e pecadores. Que agora em diante deveriam sofrer para alcançar um galardão nos céus. Dever-se-ia aceitar a opressão dos colonizadores porque tudo era a providência divina que lançou isto aos novos e infelizes fies nesta vida. Agora com a chegada dos europeus todos estavam condenados só havia uma salvação vinda dos próprios opressores, Cristo, o Deus dos europeus.
Um grande problema enfrentado nas culturas latinas é a questão histórica, ou seja, quando se inicia a historia do continente. Os acontecimentos antes da chegada dos europeus são paralelos ao que acontecia no resto do mundo ocidental e médio oriente. Enquanto no século XX a.C os indo-europeus dominavam culturalmente parte da Ásia e se estruturavam na Europa, as primeiras tribos na America estavam se organizando e estabelecendo domínio uma sobre as outras, era o que mais tarde constituiria as grandes civilizações indígenas que ocupariam todo o litoral e interior brasileiro ate as regiões mais remotas do Canadá e Alasca. Enquanto Abraão ainda era menino correndo e brincando na cidade de Ur da Mesopotâmia, as civilizações indígenas já estavam estabelecidas no continente. Segundo antropólogos os primeiros povos que originaram os indígenas atravessaram o estreito de Bering, que no período glacial ligava a Ásia com o Alasca, por volta de quinze mil anos. Segundo institutos de pesquisa que mapeiam a migração humana pelo planeta através da analise do DNA, os indígenas possuem nos microssatelites, referente a “letras” que constituem o genoma, a descendência com asiáticos, algumas tribos possuem um grau de parentesco ainda maior quando comparados um DNA de um filipino ou tailandês. Na pré-história do continente há elementos ainda mais interessantes, como a presença de negros ate mesmo na America do sul, o crânio de Luzia é uma dessas evidencias, esses grupos de negros chegaram aqui antes dos asiáticos, ou seja, anterior aos indígenas que se conhece. Foram eles uns dos responsáveis pelas figuras rupestres encontradas pelo continente, inclusive na Serra da Capivara no Piauí.
5. A HISTÓRIA DO NOVO MUNDO
O conceito de historia que o resto do ocidente desenvolveu possui raízes muito ligadas a visão da Igreja, sendo o inicio dos fatos históricos com a criação do mundo e o mito adâmico, o qual possui a sua origem na concepção de mundo semita. Os hebreus são os principais responsáveis por essa concepção histórica como resultada de uma criação, os homens seguem uma linha do tempo que possui começo, meio e fim. A Bíblia segue essa lógica, por isso a gêneses, as narrativas do seu povo e por encerramento do livro o Apocalipse do mundo. O cristianismo herdou toda essas perspectiva de compreensão da vida. É evidente que a Bíblia que se conhece hoje é um pouco diferente das escrituras sagradas dos judeus contemporâneos, os descendentes dos hebreus. O cristianismo desenvolveu sua própria interpretação religiosa baseada em um líder judeu que viveu por volta de dois mil anos atrás, Jesus Cristo, segundo os cristãos o messias. Os gregos interpretavam a história como ciclo, a linha do tempo apresentada pelos hebreus fazia bem mais sentido do que o ciclo fundamentado em mitos que os povos pagãos possuíam, outros povos foram influenciados também pelos judeus como persas, romanos e babilônicos, essa proposta também foi adotada pela história sistemática que se adquiriu pela modernidade. O ocidente estava presente na construção dessa história, porém ate o século quinze nem se tinha idéia do continente americano quanto mais uma história para ele, ate esse período os indígenas estavam excluídos da historia oficial do mundo. Enquanto a Europa, Africa e parte da Asia já possuíam o seu lugar definido no mundo histórico.
O período que a América foi supostamente descoberta, a Europa estava no auge da Renascença e as primeiras revoluções cientificas estavam acontecendo, o mercantilismo e a prática das colônias tomavam conta do mundo. E ainda a reforma protestante que se iniciaria entre os monges da Igreja junto com principados do império romano-germânico. Da China os europeus já haviam adquirido a pólvora e inventado modelos de canhões e armas de fogo. O que facilitaria a instalações de bases militares nas colônias e a destruição de povos primitivos e de cultura considerada “ingênua” diante dos acervos adquiridos historicamente pelos europeus. O domínio de mundos não seria apenas tentativas de Alexandre Magno ou Julio Cesar. Vários reis podiam ter seu pedaço de terra no novo mundo e ainda destruir os muros de feudos que ainda existiam pela Europa. Outra classe muito importante estava nascendo naquele período era os burgueses que seriam tão fortes quanto a nobreza e que chegaram a assumir poderes quase absolutos nas colônias. A Espanha principal conquistadora da America latina estava mergulhada nesse contexto. Países como Portugal, França e Holanda iniciaram a briga pela conquista de terras latinas. Boa parte das vitorias foram adquiridas graças às alianças que reis faziam com os lideres indígenas ou troca de favores. Um exemplo clássico disto aconteceu em São Luís, a aliança que Jerônimo de Albuquerque fez com tribos locais para definitivamente expulsarem os franceses.
A America Latina é muito religiosa por causa do domínio da Igreja, possui aspectos de submissas diante de países desenvolvidos por causa da situação de colônia que duraram séculos, ela também enfrenta uma crise moral em suas instituições públicas porque durante muito tempo foi refúgio ou punição para criminosos banidos de toda Europa, além de exploradores, saqueadores e aliados corruptos que desviavam recursos públicos de suas coroas. Mas os países latinos construíram uma cultura diversa e rica, baseada na influência de colonizadores e nativos. O Brasil é o principal representante deste multiculturalismo, os traços africanos, indígenas e portugueses ou europeus são bem evidentes em manifestações folclóricas. A consciência histórico-cultural acontece nessa relação que o individuo tem de seu passado, orgulhando-se de bons feitos e tentando corrigir e superar as mazelas deixadas pelo tempo. É provável que os latinos não tenham apenas uma concepção histórico-cultural, tentar provocar isso é uma tentativa sujeita ao fracasso, porque não existe apenas uma cultura universal e história universal para esses povos. Mesmo o Peru sendo vizinho do Brasil a relação de formação e constituição desses países são bem diferentes, outro exemplo é o Caribe, a Jamaica, Haiti possuem contexto histórico-cultural bem distintos da Costa Rica ou Bahamas. Ate países como o Brasil não pode admitir que exista em suas regiões uma única manifestação de cultura e história. A consciência vem do reconhecimento que os indivíduos têm de suas raízes e seu passado, desta forma se teria o lugar no mundo e a America Latina ocupará o seu espaço no planeta com independência e com suas próprias contribuições que não serão mais de ocupação e exploração.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desde a chegada dos primeiros habitantes aos movimentos de independência ou república, os latinos ultrapassaram apenas a convivência no meio e por intermédio dele realizaram grandes transformações. A postura de muitos países latinos é promissora no cenário mundial, o Brasil é o país latino que mais possui esse destaque, pelo fato do seu enriquecimento econômico, graças aos recursos naturais, além de uma cultura rica e poderosa que vem sendo conhecida e respeitada em todo o mundo. Logo o Brasil deixou de ser um aglomerado civilizado, o qual o individuo pode alienar-se de si mesmo e permanecer no mundo apenas como um manipulador de ferramentas ou parte de uma sistema de instrumentos. Agora ele pode entender o seu lugar no mundo e transforma-lo. A mudança é uma característica que ocorre quando o individuo possui a consciência de si. A partir do momento que os negros feitos escravos tiveram consciência de suas culturas, eles deixaram de ser apenas ferramentas das colônias e se libertaram adquirindo longa jornada para o reconhecimento social. Foi quando italianos e japoneses não se viram mais como meros colhedores de café, que a cultura em regiões por eles habitadas tornou-se cada vez mais rica. A cultura está também relacionada com troca e o enriquecimento, os indígenas enriqueceram a cultura dos colonos e vice-versa o mesmo aconteceu com os africanos. A cultura não deve possuir fatores discriminatórios ou segregação, mas a realização mútua de cada participante histórico-cultural que através da consciência causa transformações.














REFERÊNCIA
Dussel, enrique. Oito ensaios sobre a cultura Latino-Americana e libertação. http//bibliotecavirtual.claso.org.ar/ar/libros/dussel/oito/oito.html. Ano: 1997.